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A CONTA QUE CONTA

Por Ane Tavares

 

Em uma caminhada pelo Campo de São Bento, a artista percebeu a relevância do elo entre o local e as pessoas que o visitam diariamente. Um contato e uma relação tão indispensável quanto a presença da natureza que o cerca. Assim nasceu “A Conta Que Conta”, primeira performance da Júlia Loyola em Niterói, Rio de Janeiro.

 

Em “A Conta Que Conta”, a artista está sentada no principal caminho do parque com uma corda em mãos, na qual adiciona contas e produz um cordão. As contas são adicionadas conforme os visitantes passam em frente à performance. Cada conta representa uma pessoa, o fio representa o lugar, e o cordão pronto simboliza a ponte entre as pessoas que o local proporciona, o elo que esse fluxo produz.

 

O objetivo é trazer a reflexão sobre como as relações se interdependem. O cordão está entrando pela porta e se contorcendo do chão ao teto, muitas vezes. Um percurso como o feito pelos visitantes que possibilitaram sua realização. A sala do CCPCM possui quatro paredes de vidro que permitem ao grande fluxo da cidade em volta invadir o espaço expositivo e confrontar o tempo dos que caminham dentro do local com os que correm fora dele.

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